Tem Topázio derrotado, CPI no forno e quadrilha no caminho
Nesse último mês, teve denúncia grave, vitória rara e festa no horizonte
Oiê, tudo bem?
Antes de mais nada, já deixa reservado na agenda: no dia 26 de julho, a partir das 16h, vai rolar o 4º ArraiAyres!
Vai ter quadrilha (a de verdade!), quentão, comida boa e muita música! Um momento pra encontrar gente querida, dançar, conversar e renovar as energias — porque seguir lutando também é celebrar os encontros que nos fortalecem.
A festa é na Quadra da Embaixada Copa Lord, ali no Centro de Floripa (Rua General Vieira da Rosa, 241). E o melhor: é de graça! Chama o pessoal e vem curtir esse momento com a gente.
E pra entrar no clima de mobilização, reunimos neste boletim um resumão das principais ações que marcaram o último mês do nosso mandato: teve vitória na CCJ contra a criação de mais cargos comissionados, pressão por justiça tributária, assinatura do contrato que garante o restauro da Escola Antonieta, pedido de CPI para investigar a Assistência Social e um posicionamento firme na defesa da memória democrática da UFSC.
Segue com a gente na leitura!
🕵️♀️ CPI da Assistência Social: tem coisa errada e queremos investigar
Na última semana, um assunto muito sério tomou conta da Câmara: mais uma fase da Operação Pecados Capitais trouxe à tona suspeitas pesadas de corrupção na Secretaria Municipal de Assistência Social. Quem acompanha nosso mandato sabe que essa pauta sempre foi prioridade pra gente. E agora, com tantas irregularidades aparecendo, não dava para ficar em silêncio.
Junto com os vereadores e vereadoras do bloco PSOL/PT, protocolei o pedido de abertura de uma CPI pra investigar os contratos da pasta. Não é pouca coisa: estamos falando de serviços que deveriam acolher quem mais precisa — como a Passarela da Cidadania, o Centro Dia para Adultos em Situação de Rua e o Restaurante Popular — sendo usados, aparentemente, como espaço pra negócios escusos.
Tem contrato que triplicou de valor em poucos anos, e a qualidade do serviço não acompanhou. O Restaurante Popular, por exemplo, foi fechado antes do fim do contrato, mesmo com previsão de até 2 mil refeições por dia. Onde foi parar esse dinheiro? Como pode a prefeitura, em seis meses, não conseguir abrir um chamamento público e ainda contratar uma entidade ligada a um ex-secretário investigado?
Estive nos equipamentos, conversei com usuários e trabalhadores. A realidade que vi não bate com os valores que estão sendo pagos. A gente precisa olhar com lupa pra tudo isso. É por isso que estamos cobrando uma investigação séria e independente. Já conseguimos cinco assinaturas pro pedido de CPI, mas precisamos de pelo menos oito.
No próximo boletim, a gente traz mais detalhes sobre as denúncias e os indícios que estamos encontrando. A população tem o direito de saber o que está acontecendo com os recursos públicos, especialmente os que deveriam garantir dignidade pra quem mais precisa.
📣 Derrotamos o Topázio na CCJ por 7x0
Na semana passada, a gente teve uma vitória importante na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara — e quem saiu derrotado foi o prefeito Topázio. O projeto de reforma administrativa que ele enviou pra Câmara, criando 20 novos cargos comissionados, foi devolvido por unanimidade. Sim, você leu certo: 7 a 0. Nem a base do prefeito teve coragem de defender essa proposta.
Nosso mandato pediu vistas do projeto e foi a fundo na análise. O que encontramos? Um estudo de impacto orçamentário totalmente furado, com dados inconsistentes que inviabilizavam a aprovação. A reforma foi apresentada de qualquer jeito, sem transparência e sem explicar o real custo pros cofres públicos. E olha que a gente tá falando de dinheiro que poderia estar indo pra saúde, educação, assistência..
E tem mais: essa derrota é raríssima. A base do Topázio costuma votar com ele de olhos fechados — ele tem a maioria na palma da mão. Por isso, conseguir barrar esse projeto, e ainda por unanimidade, foi um feito e tanto.
Com nosso parecer aprovado, o projeto foi devolvido para a Prefeitura. Agora o prefeito vai ter que, no mínimo, apresentar um impacto orçamentário decente e parar de tentar empurrar um projeto ruim goela abaixo da cidade.
🏛️ Vem aí o Museu Antonieta de Barros
Tem notícia boa chegando — e com gosto de vitória coletiva! A Prefeitura de Florianópolis finalmente assinou o contrato com a empresa responsável pela restauração do prédio da antiga Escola Antonieta de Barros.
Depois de anos de luta dos movimentos negros, sociais, culturais e de mandatos que acreditam no poder da memória, a cidade dá um passo firme rumo à valorização da história negra catarinense.
O espaço vai abrigar o Museu Antonieta de Barros, o Centro de Memória, Cultura e Arte Negra Catarinense e também será palco de projetos culturais. É mais do que uma reforma de prédio: é o resgate de uma história invisibilizada por tempo demais — e que agora começa, com justiça, a ocupar o lugar que merece.
A gente tá muito feliz por ver essa conquista saindo do papel. Nosso mandato destinou emendas pra ajudar na restauração do prédio, e acompanhamos de perto o Grupo de Trabalho formado por representantes da sociedade civil que seguem firmes nesse processo de retomada.
A cerimônia de assinatura da ordem de serviço aconteceu no último 11 de julho, uma data simbólica: o aniversário de Antonieta de Barros, a primeira mulher negra eleita no Brasil.
É pra comemorar com orgulho, com respeito e com memória viva. Antonieta presente — ontem, hoje e sempre!
💸 Taxação BBB: Justiça Tributária a favor da maioria
O Governo Federal lançou um papo importante: a taxação BBB, que cobra mais dos Bilionários, Bancos e Bets e isenta quem ganha até R$ 5.000 por mês.
O presidente Lula foi claro: essa proposta é sobre mais justiça tributária e menos desigualdade. E a gente concorda!
A gente sabe que a maioria da população merece respirar com mais leveza no fim do mês, e que quem tem muito precisa contribuir de verdade pra sociedade.
E tem mais: está rolando o Plebiscito Popular 2025, uma iniciativa para ouvir a população sobre temas urgentes, como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a cobrança de mais imposto de quem ganha mais de R$ 50 mil, para que quem recebe até R$ 5 mil fique isento do IR.
Nosso mandato está junto nessa mobilização e tem uma urna cadastrada, que vai circular por diferentes bairros entre julho e agosto. Quer participar? É só ficar de olho nas nossas redes sociais ou chamar no CarlaZap para saber a programação.
📚 Memória, Verdade e Respeito à história da UFSC
Nas últimas semanas, um debate importante voltou à tona em Florianópolis: a relação entre memória, verdade histórica e reparação simbólica.
O Conselho Universitário da UFSC aprovou — por 56 votos a 11 — a retirada do nome de João David Ferreira Lima do campus Trindade. A decisão teve como base o Relatório da Comissão de Memória e Verdade da UFSC, que apontou a atuação ativa do ex-reitor na colaboração com a ditadura militar: ele perseguiu estudantes e professores, criou comissões de inquérito, denunciou colegas à repressão e institucionalizou práticas de censura na universidade.
Logo depois dessa decisão histórica, veio a surpresa (e a indignação): o prefeito Topázio anunciou a intenção de mudar o nome da Praça Santos Dumont, conhecida como Praça do Pida, na Trindade, para homenagear justamente João David Ferreira Lima. Diante disso, me posicionei publicamente contra. Mais do que inoportuno, ele é inconstitucional.
A Lei Municipal 11.235/24 proíbe expressamente que logradouros públicos recebam o nome de pessoas que tenham cometido crimes contra os direitos humanos, com base em documentação historiográfica — como o relatório da Comissão de Memória e Verdade da UFSC. Ou seja, a proposta do prefeito fere a legislação vigente e ignora os avanços que conquistamos na luta por justiça e reparação.
E foi nesse contexto que, junto com a vereadora Ingrid Sateré Mawé, apresentamos um projeto para alterar o nome da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal, para Medalha Professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
Uma escolha simbólica e profundamente necessária. Cancellier, ex-reitor da UFSC, foi uma figura que representou a defesa da educação pública, da democracia e dos direitos humanos — e que pagou caro por isso.
A forma como uma sociedade escolhe suas homenagens diz muito sobre os valores que cultiva. Nosso mandato segue comprometido com a memória, a verdade histórica e a justiça social — princípios que jamais podem ser negociados.
📝 Até a próxima!
Obrigada por caminhar com a gente — seja nas votações na Câmara, nas ruas ou nas festas cheias de luta como o ArraiAyres! 💜
Até já — com muito forró, resistência e esperança no coração!
Com afeto e firmeza,
Mandato Carla Ayres ⭐